Inadimplência
chega a 59%; mais de R$ 1 bi deixou de ser pago em 2016.
Fisco prepara 1ª leva de cancelamentos por falta de
pagamento e omissão.
Novamente é com imenso pesar que constatamos mais números
e gráficos que emparedam a classe de empresários como um todo, apesar desse
estudo ter sido direcionado aos MEIs, pois esse retrato nefasto independente
da categoria Grande, Médio, Pequeno ou Micro Empreendedor, atinge a grande
maioria de uma maneira perversa, perpassando um cardápio variado de
inadimplência do Empreendedor Brasileiro.
O número de
microempreendedores individuais (MEIs) cadastrados no Simples Nacional cresceu
20% nos últimos 12 meses e já supera a marca de 6,4 milhões de pessoas. Com a
recessão e o aumento do desemprego, mais brasileiros têm tentado a sorte como
autônomo ou aberto o próprio negócio. Os números da Receita Federal apontam,
entretanto, que mais de 3,7 milhões de microempreendedores estavam
inadimplentes em julho, com o recolhimento de impostos atrasados, ou então
inativos.

"A inadimplência quase
sempre superou os 50%, mas com o contexto da recessão econômica se
agravou", avalia Filipe Rubim, gestor de projetos do Sebrae-SP.
"O microempreendedor costuma ser mais suscetível a uma perda de mercado e a uma restrição de crédito. Muitas vezes, tem também outra atividade, até mesmo um emprego CLT, e acaba não conseguindo se dedicar tanto à empresa ou optando em deixar o negócio em 'stand by', para retomar mais à frente", explica.
"O microempreendedor costuma ser mais suscetível a uma perda de mercado e a uma restrição de crédito. Muitas vezes, tem também outra atividade, até mesmo um emprego CLT, e acaba não conseguindo se dedicar tanto à empresa ou optando em deixar o negócio em 'stand by', para retomar mais à frente", explica.
De julho de 2015 a julho
de 2016, o MEI ganhou mais de 01 milhão de novos registros, passando de 5,23
milhões de optantes para 6,28 milhões. Já o acréscimo de pagantes em dia dos
tributos devidos ficou abaixo de 200 mi, subindo de 2,39 milhões para 2,57
milhões. Mais do que um avanço na formalização de trabalhadores, o crescimento
do número microempresários tem sido visto como um empreendedorismo
de necessidade, refletindo
diretamente o aumento do desemprego e a forte destruição de vagas no mercado
formal de trabalho.
Dados da Serasa Experian mostram que os MEIs representam 79,5% de um total de 1,199 milhão de empresas criadas entre janeiro e julho no país.
Em 2010, essa natureza jurídica respondia por apenas 44,5% dos nascimentos de empresas.
Segundo o IBGE, o número de pessoas que decidiram trabalhar por conta própria chegou a 22,6 milhões, com um acréscimo de mais de 500 mil pessoas em 12 meses.
Dados da Serasa Experian mostram que os MEIs representam 79,5% de um total de 1,199 milhão de empresas criadas entre janeiro e julho no país.
Em 2010, essa natureza jurídica respondia por apenas 44,5% dos nascimentos de empresas.
Segundo o IBGE, o número de pessoas que decidiram trabalhar por conta própria chegou a 22,6 milhões, com um acréscimo de mais de 500 mil pessoas em 12 meses.
Embora o programa não tenha sido lançado com objetivos de arrecadação, caso não houvesse inadimplência mais de R$ 1 bilhão poderiam ter sido recolhidos a mais aos cofres públicos neste ano, só entre janeiro e julho, de acordo com dados da Receita Federal.
"Na verdade o grande prejudicado pela inadimplência é o próprio empreendedor porque ao não estar em dia o tributo mensal corre o risco de não ter acesso a direitos previdenciários como auxílio-doença, salário-maternidade e aposentadoria invalidez", alerta Filipe Rubim, gestor de projetos do Sebrae-SP.
Ele explica que cada benefício tem um tempo de carência, ou seja, um tempo mínimo de meses de contribuição para ter o direito garantido. E a contagem da carência inicia-se apenas a partir do pagamento da primeira contribuição sem atraso.
"Para pedir o auxílio-doença, por exemplo, o MEI precisa ter pagado em dia, no mínimo, 12 meses seguidos. Se ele atrasa e paga vários meses juntos, esse recolhimento vai ser tratado pelo Fisco como uma única contribuição", explica.
O grande prejudicado pela inadimplência é o próprio empreendedor porque ao não estar em dia o tributo mensal corre o risco de não ter acesso a direitos previdenciários como auxílio-doença, salário-maternidade e aposentadoria invalidez
“Quem está inadimplente há muito tempo corre o risco de ter o registro cancelado”. De acordo com regulamentação de maio deste ano, o registro pode ser cancelado após dois anos consecutivos e completos de não pagamento e de omissão de declaração anual de das operações comerciais, a DASN-SIMEI.
Pela legislação, os cancelamentos serão efetivados entre 1º de julho e 31 de dezembro de cada ano, mas ainda não há previsão de quando sairá à primeira lista de cancelamentos de MEIs por falta de pagamento do valor mensal e da omissão da entrega da declaração anual.
Apesar
do alto índice de inadimplência preocupar as autoridades, também não há a
previsão de abertura de qualquer programa do tipo Refis para o parcelamento do
pagamento dos tributos vencidos.
"Não
há qualquer iniciativa da Receita quanto a eventual parcelamento de débitos",
informou o Fisco. "A orientação é pagar o valor devido no mês corrente em
dia, e regularizar a inadimplência do passado no menor prazo possível",
acrescentou.
Atualmente,
o MEI pode gerar e imprimir a guia mensal de pagamento através do site do programa (www.portaldoempreendedor.gov.br),
via terminais de autoatendimento do Sebrae, aplicativo de celular.
Segundo
o diretor de programas da Sempe Fábio Silva, ainda neste ano deve ser
disponibilizada também a opção de débito automático em conta corrente.
A
secretaria diz estudar ainda uma alternativa para pagamento da guia "em
outros canais de atendimento, como por exemplo a rede de pagamento das
lotéricas (Caixa) e do Banco Postal (Banco do Brasil)".
Além
de garantir o direito a benefícios da Previdência Social, o MEI permite que o
microempreendedor emita notas pelos serviços prestados e saia da informalidade pagando
um valor relativamente baixo, que varia de acordo com a categoria no qual o
microempreendedor está inserido (comércio, indústria e prestação de serviços).
Atualmente, não passa de R$ 50 por mês.
Para
se tornar um MEI, o trabalhador tem de ganhar até R$ 60 mil por ano e não ter
participação em outra empresa como sócio ou titular. O microempresário também
pode ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da
categoria.
Entre
outros, o MEI inadimplente fica também impossibilitado de obter Certidões
Negativas de Débito junto à Receita. Essas certidões são exigidas em situações
como compra de imóvel, assinatura de contrato de aluguel e financiamentos
bancários.
A
inadimplência pode levar ainda à exclusão do registro do Simples Nacional por
débito tributário. Após 2 anos contínuos sem nenhum pagamento do imposto mensal
e sem entregar a declaração anual de renda, a legislação prevê o cancelamento
automático do registro do MEI e do CNPJ.
"Como
o custo não é muito alto, o MEI inadimplente consegue segurar o atrasado por um
certo período. O grande desafio é manter o mercado ou o negócio num cenário de
recessão. E entre as saídas está talvez buscar aprimorar a própria
técnica", diz Filipe Rubim, do Sebrae-SP.
Notaram
para onde estão levando nosso parque de MEIs?
Levando
aqueles que produzem para o final da fila dos devedores....
Imaginem
um País com Empresas Quebradas imaginou, e ai??? O resultado entre outros, é o
Desemprego de País e Mães geradores de rendas para suas Famílias! Mas parece
isso não importar muito, pois os gestores das políticas e execuções públicas
não sentem a dores e marcas do desemprego, pois são geralmente apadrinhados que
pulam dali para acolá, e de lá para cá, sempre mantendo seu “status quo”, mas o
brasileiro comum sofre as consequências das “causas”.
Tem
várias agendas, ainda inviabilizando o norte do crescimento com o alento da
recessão, entre algumas, apontamos as corporativas ilegítimas e outras de queda
vertiginosa no ranking da competitividade, além de capacitação humana, e em
especial o desgaste político, jurídico e econômico que cria inseguranças de
todas as magnitudes para nossa Nação.
Mas
somos forte...não desistimos nunca....! Não sei até quando!
Ah
sim, aliás, hoje começa primeiro turno das eleições municipais (02/10/16),
majoritária e proporcional.
Pode
ser o começo da Reação que o País precisa!
Pois
não podemos deixar nossos Ativos de MEIs ficarem como uma Kombi velha e ainda
escangalhada parada ao longo da estrada, até porque antes de serem Empresas são
pessoas e nossos Irmãos!!
Fonte: Darlan Alvarenga Do G1, em São Paulo.
Fonte:http://g1.globo.com/economia/pme/noticia/2016/09
Nenhum comentário:
Postar um comentário