sexta-feira, 4 de maio de 2012

NOVA REGRA PARA POUPANÇA


A nova fórmula para o cálculo do rendimento da poupança - se a Selic chegar a 8,5% ao ano - ainda não deve tirar a atratividade da aplicação na comparação com fundos de renda fixa.
O que deve ocorrer é que o estreitamento dos rendimentos das aplicações, com a queda da taxa básica de juros (Selic) indicada pelo governo, vai obrigar o correntista a comparar as taxas de administração para garantir o melhor ganho no fim do mês.
Na simulação com a taxa Selic a 8,5% ao ano e a nova regra da poupança, a maioria dos fundos de renda fixa é atrativa com taxas de administração de até 1%, segundo levantamento da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Mas, com a queda geral da remuneração dos investimentos, será necessário comparar mais as características de cada aplicação. 'Acima de tudo, vai começar a valer o prazo da aplicação com mais ou menos incidência de Imposto de Renda e também a taxa de administração', diz Miguel de Oliveira, vice-presidente Anefac.
A fórmula elaborada pelo governo prevê que já com a Selic a 8,5% ao ano a 'nova poupança' vai começar a render menos do que a poupança atual. Segundo cálculo do matemático José Dutra Vieira Sobrinho, também professor do Insper, o rendimento da poupança cairá dos atuais 6,53%para cerca de 5,95% ao ano. 'Para os fundos de renda fixa, caso as taxas de administração sejam superiores a 1%, eles tenderão a perder na comparação com a poupança. Isso joga a pressão nos fundos para que eles reduzam as taxas de administração.'.
Segundo Oliveira, da Anefac, o momento para o investidor é de barganhar e pesquisar qual a melhor forma de investimento. 'Se a taxa de administração for superior a 2%, o correntista deve negociar ou trocar de aplicação', diz Oliveira. 'É preciso pesquisar, ter paciência. Agora, a competição tende a ser maior.'
Também para ele, a nova fórmula para a poupança deve fazer com que os bancos acirrem a competição e, consequentemente, reduzam as taxas de administração dos seus fundos.
A recomendação do professor Samy Dana, da Fundação Getúlio Vargas, é que o correntista evite por enquanto as aplicações de renda fixa. Ele indica que o investidor coloque na ponta do lápis as novas tarifas e veja quais as vantagens de cada modalidade.
'O investidor precisa fazer as simulações e procurar entender os produtos financeiros. A gente passa uma revolução nessa mudança de taxa e cada vez vai ser mais difícil ganhar dinheiro fácil', afirma. 'A dica é a seguinte: não invista no que não saiba.'


2 comentários:

  1. Eduardo realmente nós precisamos entender melhor o funcionamento dessas taxas e produtos bancários para nao perdermos dinheiro e tambem investir melhor. Paarbéns pela explicação.

    Abraços

    Marcineia Oliveira

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  2. Cara Marcinéia,

    Agradeço sua companhia nos Artigos e Matérias que escrevo. Sempre é um prazer receber seus comentários, que são encaminhados de uma maneira equilibrada e com muita competência. Use esse espaço para difundir debates como se fosse seu! Um Grande Abraço do, Eduardo Fernandes da Paz

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