
A proposta está em tentar discorrer
como foi a evolução das mentes no processo dos Ativos Intangíveis (que
compreende: conhecimento, patentes, marcas e etc...). Enfim, perceber a
transição histórica do modelo empresarial antigo para o empreendedor atual, que
criou sistemas e valores de pensar, e executar o que se pensou.
Nas páginas iniciais do
Livro “A História da Riqueza do Homem”, de criação do Prof. Leo Huberman, temos
contato com a explicação doutrinária sobre o que é e como funciona os fatores
de produção, que são especificados como terra, trabalho e capital. E podemos verificar como o somatório dos
fatores evoluiu para atividades de produção, e continuou há evoluir cada dia mais
e mais, até chegarem ao estágio em que estamos.
As empresas quantificavam
exclusivamente seus lucros ou prejuízos em função do desempenho dos Ativos, uma
visão hermética da época, independentemente de ser uma Indústria, Comércio ou Serviço,
operavam seus registros igualitariamente guardados suas proporções. Posso até
exemplificar: Lembra-se do Bar do Sr. Manuel, lá na esquina? Onde comprávamos
balas, pirulitos e picolés. Pois bem! Era um nicho comercial. Recorde-se agora
da fábrica do pai do Zezinho, amigo do colégio, era uma unidade industrial, que
você junto com seus coleguinhas de sala foram visitar em uma tarde chuvosa e tomaram
um saboroso chocolate quente com bolachas crocantes. E por último, o escritório
de despachante do pai da Aninha, amiga da igreja, era um negócio de prestação
de serviço, que naquela manhã ensolarada e quente foi oferecido para conter
nossa sede e fome, aquele fantástico suco geladíssimo de melancia acompanhado
de bolo gelado. Com certeza nós trazemos na memória até nossos dias esses ícones,
muito mais em função do relacionamento pessoal e das guloseimas consumidas do
que na verdade pelas atividades visitadas. O cenário analisado aqui nesse parágrafo
configurava o estilo antigo, onde as compras eram feitas de modo confuso, as
vendas de forma empírica e os serviços de maneira limitada. Assim se comportava
o Mercado na ocasião.
Todavia quero registrar que não foi meu
propósito ter contado essas histórias para desqualificar os atores da época, aliás,
ao inverso, tiveram seu valor e esbanjaram méritos com capacidade apesar da
discordância pontual e pessoal que tenho com o padrão de valorização do lucro
selvagem em detrimento da sensibilidade do ser humano. Pois, entre outros, foi
o ganho distorcido e rude lá de trás que provocou a germinação da selvageria
dos três poderes da República que hoje vemos (aqui e por ai afora) com atuações
escusas de nossos personagens ilustres, que se apropriam e alimentam-se dos
recursos públicos para financiar suas vantagens pessoais e não sociais.
Rechaçando assim, com intensa frustração a expectativa de moral, ética e
competência com o trato da coisa pública, incorporando a roubalheira e o jogo
sujo e tendo como aliados no escândalo nacional o bicheiro amigo do vereador, padrinho
do senador, influente com o governador, parceiro do construtor, e sendo ainda o
contraventor conhecido íntimo do ministro, delegado e do desembargador, que miscelânea
espúria do privado com o público e do público com o privado. Desculpe o meu
desabafo! Mas vamos voltar ao alvo do tema que propõe o Artigo. Então retomando a análise, uma nova concepção
foi apresentada após décadas a fio, que foi um fluxo de interação do capital
humano, capital físico, capital de relacionamento, capital monetário e capital
organizacional que, assim mesmo com esse avanço, ainda mantinha a inteligência
subjugada desrespeitosamente ao conjunto de bens produzidos pelo homem, assim
os Ativos Intangíveis (aquilo que não podiam ser vistos ou tocados) estavam massacrados
pelos Ativos Tangíveis (aquilo que podiam ser visto ou tocados).
Mas a partir da década de
1980, vinculado ao trabalhar do Capital Humano, aflora o conhecimento de
Capital Intelectual, que se consolida como forma de evidenciar e potencializar
a força dos recursos não materiais (intangíveis).
E daí em diante coube à linha
do tempo caprichosamente provar, inclusive com a ferramenta da informática
misturado ao advento da globalização, que a construção do Capital Intelectual
não era um modismo, mas sim uma constatação de uma realidade permanente, e que
veio para ficar, com novos e surpreendentes modelos de Negócios, tanto reais
como virtuais, e que nesse caso o ser humano é mais importante que a atividade
desenvolvida, pois ele antecede a atividade (diferentemente da pergunta: quem
nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?), além de desenvolvê-la e consolidá-la, pois
essa atuação ditou as mais significativas transformações laborais, econômicas e
financeiras dos últimos tempos. Então a Inteligência Corporativa, seja na
Pequena, Média ou Grande Empresa, é sem sombras de dúvidas o mais importante
ATIVO do Mundo Moderno, e que vai fazer toda diferença no resultado do Balanço
Patrimonial das Organizações.
Quem sabe agora que o PENSAR
COM INTELIGÊNCIA tornou-se reconhecido e referenciado no ambiente dos negócios,
pela capacidade de fazer dinheiro em grande escala e consequentemente dar o
lucro perseguido e necessário com respostas interessantes, primeiro nos
Balancetes e depois no Balanço, então possamos de uma vez por todas colocar os
trens nos trilhos, e desta forma flexibilizar o simples em complexo e o
complexo em simples, e assim tornar coerente o incompreensível, e todos aceitarem
que o SER HUMANO é mais importante que o TER HUMANO.
Mesmo precisando muito do
ter (até porque não fiz voto de pobreza), não posso aviltar meu semelhante
olhando-o sempre com a lente que o reflita como Adversário, Inimigo,
Concorrente ou Subserviente!
Eduardo
Fernandes da Paz
Diretor
da EPZ Negócios Empresariais
Especialista
em Direito Ambiental
Consultor
em Planejamento Estratégico e Econômico Financeiro
E-mail:
fernandesdapaz@hotmail.com
Blog:
negociosdeimpacto.blogspot.com
Eduardo.
ResponderExcluirParabéns pelo seu artigo muito bem elaborado. Concordo plenamente com sua visão que ser humano tem que ter prioridade no mundo empresarial. Abraços, Guilherme M da Silva
Muito bom seu artigo. Parabéns. Sandra Souza
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