Por Eduardo Fernandes da Paz
A agência de
classificação de risco Moody''s informou hoje que rebaixou a nota de crédito de
oito instituições financeiras brasileiras entre um e três graus, como parte de
sua revisão global de todos os bancos com ratings mais elevados do que o rating
soberano de seu país de origem.
"Nossa
análise indicou que há poucas razões para acreditar que esses bancos estariam
isolados a partir de uma crise da dívida do governo", justificou a
Moody''s, em comunicado. "Mais especificamente, nós notamos uma
significativa exposição direta desses bancos para os títulos do governo
brasileiro, equivalente a 167% do capital de nível 1, em média."
A Moody''s
rebaixou Banco do Brasil, Safra, Santander e HSBC Bank Brasil - Banco Múltiplo
ao nível do rating de crédito soberano do Brasil, ou seja, o grau de
investimento Baa2.
Bradesco, Itaú
Unibanco e o banco de investimentos do Banco Itaú BBA foram rebaixados em um
grau acima do rating soberano, porque possuem fatores que ajudam a mitigar os
riscos, incluindo níveis moderados de diversificação transfronteira e altos
níveis de negócios e diversificação de resultados, apesar de, em geral,
possuírem altos níveis de participação na dívida soberana.
Banco Votorantim
foi rebaixado em um grau abaixo do nível do rating da dívida soberana
brasileira para refletir o mau desempenho financeiro do banco, incluindo a
fraca qualidade e rentabilidade dos ativos e as perspectivas de desafios
constantes para a sua solidez financeira. As informações são da Dow Jones.
Na minha
análise, a Classificação elaborada representa a leitura de um mercado em
constantes mudanças e acomodações, como sempre, nada de novo nisso. Não que
isso determine uma preocupação relevante em relação ao mercado interno, a não
ser pelo quadro concreto do Votorantim, mas pode causar um pálido burburinho no
externo, mas só a nível de especulação de pequena monta, e nada mais!
Fonte: Últimas Notícias do Estadão
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